🗞️ Vítimas sencientes e inconscientes

crianças seguram tartaruga marinha em praia nordestina que foi tomada por petróleo cru derramado no oceano
Foto: divulgação

A imprensa nos informa que mais uma ação do Ministério Público foi apresentada no Judiciário, agora no Estado da Bahia, cobrando medidas emergenciais do Governo Federal e do IBAMA acerca do vazamento ou derramamento de petróleo cru no oceano que continua chegando ao litoral nordestino.

Já passado mais de um mês das primeiras notícias acerca do aparecimento dessa perigosa substância nas praias e, talvez, mais de meses do início dessa catástrofe no mar, foi divulgada nesses últimos dias uma mancha enorme do petróleo em uma praia do estado de Alagoas, próxima do santuário do peixe-boi, cuja espécie está ameaçada de extinção. Ontem, voltou a aparecer mais petróleo espalhado pelas praias de Ondina e do Farol da Barra, no estado da Bahia. Hoje, de forma bem mais abundante do que antes, mais petróleo em uma mesma praia de Pernambuco, conforme divulgado pela mídia.

O portal de notícias UOL informa que pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aventam a hipótese de ocorrência de um grande vazamento que talvez tenha acontecido durante uma mal sucedida operação conhecida como ship-to-ship, em que o petróleo é transferido de uma embarcação a outra em alto-mar, o que traz altos riscos de acidente.

A omissão e inépcia da União Federal, sem dúvida alguma, tem contribuído com o que se considera o maior crime ambiental em extensão no Brasil.

Uma tragédia que tem vitimado milhares de seres vivos não-humanos, com impactos incalculáveis à vida dos animais sobreviventes, do ecossistema marinho e, certamente, com graves reflexos em prejuízo da saúde e vida humana.

(Praia atingida com grande quantidade de petróleo cru. Foto: divulgação)

Se voluntariar para limpeza de praias sem a proteção adequada se torna perigoso. Além da necessidade de descarte adequado dessa substância, a tentativa de salvamento de animais compete a especialistas. O que estão esperando para interditar o acesso público das praias atingidas?

A essa altura, além das águas e praias contaminadas, o consumo de peixes e demais animais marinhos pelos inconscientes seres humanos certamente está mais do que comprometido. Precisamos aprender a reconhecer o valor de cada organismo vivo e respeitá-lo para o bem individual e coletivo. Aprender pelo amor é melhor do que pela dor. A evolução é imperativa.

A mudança externa está aí no mundo, revelando-se defronte à nós. A mudança a nível individual e coletivo é inescapável. A natureza chora e os animais não-humanos agonizam e “gritam” sem que possam ser ouvidos, realmente vistos, reconhecidos. Haverá consequências pela nossa surdez e cegueira deliberadas. Chega de petróleo! Investimentos em energia solar e eólica já!

Confira notícia sobre as mortes das “primeiras” vítimas sencientes em alto-mar (clique aqui).