✋ Mais um catorze de março…

(arte com autoria desconhecida no Pinterest)
(arte com autoria desconhecida no Pinterest)

Hoje é o dia nacional dos animais.

A questão que se coloca não é apenas se lembrar da data (aliás, dos animais mesmo pouco se lembra e muito menos se importa; quando muito, é cão e/ou gato e quiçá alguns silvestres, de maneira bem superficial), mas se perguntar para mobilizar a quem de direito (a classe política no geral): o que mais precisa esperar para começar a tratar os animais de todas as espécies com respeito e dignidade?

Fazer política é diferente de fazer politicagem.

A política transformadora somente se constrói em um longo processo que atravessa séculos, com bases e estruturas bem sólidas para que se perpetue e se aprimore constantemente, conforme o aprimoramento moral da própria civilização humana.

Pessoas mentem ou ocultam a verdade porque é da natureza humana mentir, mas a história não mente e felizmente no espaço público sempre existiram pessoas sérias e comprometidas com a essência da política, que preservaram registros históricos importantes e acessíveis àqueles que não são afeitos à politicagem.

É da consciência e da escolha de cada um distinguir e se direcionar para a verdade ou a falsidade de toda narrativa apresentada.

Aqui no Saber Animal fizemos nossa escolha desde o princípio, quando decidimos compartilhar aprendizados, conhecimentos jurídicos, políticos, históricos, sociais… que pudessem contribuir ou elucidar importantes questões que pouco se sabe ou pouco se fala.

Nesse sentido, a comemoração que mais faz sentido para nós é o reconhecimento da proteção jurídica secular destinada aos animais no território brasileiro, que hoje se chama de direito animal ou direitos animais.

Eu, Vanice Cestari, já mostrei com fundamentos sólidos através de pesquisas independentes, em ocasiões distintas, que o direito animal no Brasil não surgiu no século XX e tampouco agora, no século XXI, mas antes.

A Constituição Federal Brasileira “apenas” incorporou essa proteção e a incluiu, separadamente, com valor próprio, no capítulo do meio ambiente.

E é de tudo isso que surge a minha provocação (questão que iniciou este texto): hoje é mais um 14 de março… o que mais se precisa esperar para começarmos a tratar os animais de todas as espécies com respeito e dignidade?