Há muitas crianças que se recusam a comer os animais e com uma simples busca na internet nos deparamos com diversos vídeos sobre isso.
“Eu não comerei animais!” – diz a garotinha de 5 anos ao explicar para sua mãe que comerá tudo o que estiver servido à mesa, mas não comerá animais!
Outra menina também não entende porque deve comer animais (veja aqui). E um menino se recusa a comer nhoque de polvo (!) explicando pra sua mãe que nenhum animal é comida e que eles devem ser cuidados por nós e não serem mortos!
Não é incomum relatos de pessoas veganas e vegetarianas adultas que se lembram de episódios similares na infância onde sentiram ou manifestaram a compaixão pelos animais e muitas vezes acabaram sendo ignoradas ou ridicularizadas por seus próprios familiares. Será que os tempos estão mudando?
Nesta outra reportagem, um menino de 4 anos chora ao saber que a galinha já está sem vida e pronta para ser picotada pela sua mãe, que vai servi-la na próxima refeição. Pouco antes, o menino presenciou a avó matando a galinha, não sem antes implorar pela vida dela, em vão. Veja a íntegra da reportagem (clique aqui).
Apesar de tanta indiferença e de vermos famílias e educadores obrigando crianças a comerem animais por pura ignorância ou simples comodismo, a opinião infantil deve ser considerada e respeitada, principalmente quando a criança tem a capacidade de discernimento e entendimento. Aliás, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal 8.069/90) protege o melhor interesse de crianças e adolescentes, salvaguardando os seus direitos enquanto pessoas em formação. A compaixão, o respeito e a amorosidade devem ser estimuladas desde cedo. A educação ética pode realmente fazer a diferença no futuro da humanidade. Ao mentir ou esconder a verdade de uma criança, o que estamos ensinando a elas?
Liv também não come animais e dá o seu recado certeiro a quem tiver humildade suficiente para ouvir e aprender. Aliás, a essa altura, quem sabe o papai e a mamãe (familiares, amiguinhos, professor/a) da Liv já aprenderam o que é muito simples: animal sente igual a gente, devemos cuidar e não matar, se não comemos cães não há porque comermos bois, todos animais merecem respeito!
Além da arraigada cultura humana especista, profissionais da área da saúde ainda são, em sua maioria, acomodados e desatualizados no quesito nutrição, logo essa deficiência acaba corroborando com o comportamento equivocado de mães e pais que ainda oferecem laticínios, carnes e ovos para suas crianças e daí esperam uma boa saúde. Felizmente isso também está mudando e a verdade está vindo à tona, a despeito da forte torcida do contra (canais de comunicação em massa, colunistas de jornais, profissionais patrocinados pela indústria da “proteína animal”, “intelectuais” pop´s etc). A propósito, indico acompanhar as publicações de médicos veganos e médicos vegetarianos nos seguintes perfis (veja aqui e aqui).
Paulatinamente, mitos sobre a necessidade de comer a carne de animais e os seus derivados vem sendo derrubados e já é possível encontrar muita informação de qualidade na internet sobre os benefícios de uma alimentação que exclui os animais e todos os seus derivados, em respeito à vida dos animais, à nossa própria saúde e à preservação da natureza.
O documentário What The Health (2017), por exemplo, aborda aspectos sobre a saúde e pode ser visto aqui (dublado em português):
Por questão de preconceito, por incrível que pareça, algumas pessoas que passam a adotar o veganismo acabam isoladas em seus núcleos familiares e sociais, sobretudo quando essa consciência vem na vida adulta. Por outro lado, é muito bacana quando uma família inteira é inspirada a adotar o veganismo. Veja o caso recém-noticiado de uma criança de 6 anos que acabou influenciando a sua família (clique aqui).
A conscientização dessa família fez com que a mãe, então vegana, se engajasse ainda mais no ativismo em defesa dos animais passando a alimentar uma página no Instagram com refeições e receitas inspiradoras que podem ser acompanhadas no seguinte perfil (veja aqui).
Também podemos aprender muito com as crianças. Só temos que ouvi-las, de fato.