Em plena Guerra Fria, a União Soviética tomou a dianteira na corrida espacial ao colocar em órbita, em 1957, um satélite artificial que transportava o primeiro ser vivo a ir para o espaço: a cadelinha Laika.
Nesta HQ roteirizada e ilustrada por Nick Abadzis, Laika (2017, Editora Boitempo) já foi traduzida para 12 idiomas, e a história dessa pequena heroína soviética é contada em detalhes, em uma mescla magistral de realidade e ficção. Na forma, é uma novela ilustrada, com ritmo, pegada, roteiro veloz, diálogos exatos e desenhos fulgurantes. Quadrinho de gibi, como deve ser. No conteúdo, é um livro sobre apegos, afetos e insistências.
Coloca em cena pelo menos dois personagens reais ante uma conjuntura global a afetar vidas e expectativas. Da trama emerge um minucioso trabalho sobre escolhas, sobre a ligação entre a cadela mais conhecida da história e sua treinadora no programa espacial soviético, durante a vertigem da Guerra Fria.
Surge aqui também o drama de um pioneiro da ciência que, à testa de um formidável investimento em inovação e tecnologia, muda a percepção da humanidade sobre o espaço que nos cerca.
Como pano de fundo há a construção de um sonho de igualdade entrecortado pela aspereza de sua edificação concreta.
Obs: Sinopse adaptada do site da editora.
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