Como parte de uma família hindu vaishnava, para Mohandas Gandhi não comer carne nem ovos era uma questão, de início, apenas religiosa. No entanto, ao se aproximar dos conceitos de não-violência, o vegetarianismo passou a ser uma missão, integrando os princípios fundamentais que norteariam toda a sua vida. Esse dever com os animais constituiu a essência de seu engajamento pelo vegetarianismo. “Eu não gostaria de tirar a vida de um carneiro para satisfazer algum corpo humano. Acredito que quanto menos uma criatura pode se defender mais ela tem direito à proteção do homem contra a crueldade do homem.”
O livro Sobre o vegetarianismo (2020, Editora Bazar do Tempo) reúne os principais textos de Gandhi sobre o assunto, revelando suas ideias e experiências pessoais sobre o tema da alimentação, desde o fim do século XIX, quando se mudou para Inglaterra para estudar direito, descobriu o livro Em defesa do vegetarianismo, de Henry Salt, e se filiou à Sociedade Vegetariana de Londres, tornando-se seu membro ativo.
Florence Bugart, filósofa francesa com diversas obras publicadas sobre a questão animal e responsável pela seleção dos textos, apresenta a trajetória de Gandhi e suas ações em defesa e pela prática do vegetarianismo, incluindo suas atividades na África do Sul, onde morou por longo tempo e começou a colocar em prática os princípios de não-violência e resistência passiva.
Presidente da União Vegetariana Internacional, Marly Winckler ilumina a relação de Gandhi com as práticas vegetarianas, explicando pontos por vezes polêmicos, como o consumo de leite de cabra, apostando que hoje, diante de um sistema brutal de exploração animal em fazendas industriais, Gandhi se manteria vegetariano estrito, um vegano.
Obs: Sinopse adaptada do site da editora.
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